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Xerostomia



O que é?

A xerostomia não é uma patologia, mas sim o sintoma de duas doenças importantes das glândulas salivares:

  • aptialismo, que é a ausência total de secreção de saliva, tendo as glândulas salivares sido severa e irreversivelmente danificadas por doença ou tratamento médico.
  • hiposalivação, que é uma diminuição da produção de saliva pelas glândulas salivares.

Ter a boca seca de manhã ao acordar, ou depois de ter praticado uma atividade física, não é anormal, e não deve levar a um diagnóstico de xerostomia. É apenas quando a sensação de boca seca persiste ao longo do dia, apesar de se ter hidratado adequadamente, que se pode falar de xerostomia. A melhor maneira de estabelecer um diagnóstico é consultar o dentista, que realizará um exame clínico, um interrogatório, e o teste objetivo de medição do défice de saliva. 



Quais as causas?

As causas da xerostomia podem ser divididas em duas categorias. Por um lado, as chamadas origens “iatrogénicas”, ou seja, “causadas por intervenção médica”. A boca seca é então a consequência de receber um tratamento medicamentoso ou um tratamento de radioterapia. Por outro lado, existem causas “não iatrogénicas”, que não estão relacionadas com um tratamento médico. A fim de tratar eficazmente a boca seca, é importante conhecer a causa, pois a primeira linha de tratamento é eliminar a causa da xerostomia.

 

Quais as consequências?

O primeiro impacto da xerostomia na vida quotidiana é uma forte alteração da qualidade de vida. A boca seca resulta em dor, dificuldade de paladar, problemas de mastigação e de deglutição, o que torna a alimentação muito mais lenta e difícil. Leva também a problemas de fala, que a longo prazo podem levar ao isolamento social.

No entanto, a boca seca também tem um efeito sobre a saúde da cavidade oral. As complicações podem surgir porque a saliva já não desempenha o seu papel antibacteriano e tampão de pH. Assim, não é raro que pessoas com hiposalivação ou aptialismo experimentem: 

  • complicações bacterianas sob a forma de cáries dentárias, doença periodontal, úlceras orais, ou intolerância à prótese dentária.
  • infeções fúngicas, incluindo candidíase recorrente. Esta doença é causada por um fungo, Candida albicans, que prolifera na boca e provoca a formação de membranas, queimadura na boca, eritema do tecido subjacente, e a impressão de que a língua não tem papilas.

 

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico da xerostomia é feito em três fases: 

  • interrogatório médico. Pede-se ao indivíduo que responda às seguintes perguntas: “Tem tido uma sensação diária de boca seca durante mais de 3 meses?”, “Tem boca seca quando come ou fala?”, “Tem dificuldade em engolir certos alimentos?”.
  • exame da cavidade oral. Isto implica avaliar as consequências da boca seca na saliva (é escassa, fibrosa, espessa, ou mesmo inexistente?), nas membranas mucosas (são vermelhas, secas?), na língua (está depapilada, brilhante?), nos cantos da boca (apresentam fissuras?).
  • o teste objetivo do défice salivar. Isto é feito através da colocação de um cubo de açúcar na língua. O tempo necessário para derreter é um indicador objetivo da diminuição da secreção de saliva.

 

Tem tratamento?

Se as glândulas salivares não tiverem sido destruídas irreversivelmente, a boca seca pode ser tratada. Desta forma, pode recuperar um certo grau de conforto e evitar as complicações associadas à xerostomia.